O nascimento das percepções energéticas

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Você já ficou quieto, relaxado porém atento, e sentiu uma onda leve de sensações no corpo semelhante a uma corrente de ar? Claro que, se você pesquisou e confirmou a corrente de ar, foi só isso. Mas pode ter sido uma percepção energética.

Ao redor de nossa existência temos forças que não notamos no dia a dia. Não treinamos para isso, sequer somos ensinados a perceber as variações sutis do movimento energético. Para muitos, isso simplesmente não existe, sendo tema de deboche e incredulidade nos círculos de amigos.

Creio que apenas saber de sua existência já é uma forma inicial de se abrir a essas percepções. A energia que nos circunda é física, então o que falta para as pessoas acreditarem nela é conhecimento e experiência.

A existência da energia

Estamos condicionados a olhar para a realidade com os olhos da mente. Nela, temos um conjunto de crenças e aprendizados que nos conduzem por um caminho seguro, uma picada no mato já limpo e explorado por outros pesquisadores. Galhos, pedras e cobras já foram retirados, então por que sair dele?

Essa ideia paralizante encontra a falta de vontade do ser humano em lidar com “questões difíceis”. Nem todo mundo tem a vontade de alguns grandes pensadores, que investiram grande parte de suas vidas em uma descoberta grandiosa. Às vezes única. Vivemos o que precisamos sem pensar no invisível.

Mas um dia, em um grande dia, você tem uma sensação absurda de repulsa quando chega perto de alguém ou está em uma situação inusitada. Será que é a mente inconsciente, que ativou memórias antigas escondidas e através de uma descarga de hormônios fez você receber um alerta de perigo? Ou será que é algo mais simples: sua energia está em uma frequência diferente da frequência daquelas pessoas ou situação, e a simples proximidade com a energia diferenciada é notada como o choque entre água fria e água quente.

Veja que não há aqui intenção de menosprezar a capacidade cerebral, mas sim de sugerir que as percepções energéticas estão mais ligadas à nossa natureza pois nos afetam fisicamente antes do cérebro processar todas as justificativas para tais percepções. É muito rápido sim, mas possível de entendermos.

A ciência descobriu ao longo de muito tempo que os elementos físicos podem ser divididos. E a cada nova experiência e melhoria tecnológica, percebeu-se que as partículas mensuráveis estavam cada vez menores. Ser menor significa que não conseguimos ver os limites, e dessa forma há uma comunicação intrínseca entre as partes de todas as coisas que nos cercam. Mas de algum modo, os corpos se organizam de modo a criar formatos específicos sem necessariamente se misturar uns aos outros. Pelo menos era essa a percepção da nossa visão física.

Mas com as pesquisas em dimensões mínimas, vemos que há um campo que liga os elementos para formar um grande corpo (como você, como eu, a mesa, a árvore), funcionando como uma cola, e há também um campo que conecta você a mim através de um “vazio” que só parece vazio, mas que tem algo energético que faz não nos perdermos, algo que nos liga. De certa forma, se pensarmos na força da gravidade, basta reduzirmos isso às nossas partículas mais ínfimas…

Não tinha notado antes…

Se essa espécie de cola está lá, entre partes do meu corpo, e meu corpo e tudo que cerca, dá para ver? Não com nossos olhos. Dá para sentir? Sim.

Os campos que nos cercam, eletromagnéticos, conseguem sensibilizar nosso corpo até certo ponto. Para alguns, é fato, para outros é suposição. Até que você aceita o desafio de realizar um experimento.

Fique tranquilo e num local confortável, sentado, de olhos fechados. Coloque as mãos com a palma voltada uma para a outra. Encoste-as. Sinta a temperatura, a textura, faça com que as percepções da pele estejam alertas. Depois aos pouco, afaste uma palma da outra, bem devagar. Sinta se há resistência, ou se as mãos criam uma espécie de vácuo entre elas. Talvez você sinta formigamento, coceira ou mesmo uma agonia.

Essa experiência mostra como são possíveis percepções energéticas. Entenda, nem todo mundo vai sentir, pois há uma luta do ego para comprovar que isso não existe, e a maioria das vezes a mente ganha. Mas se você estiver aberto, livre de preconceitos e sugestões, e se fizer algumas vezes caso não sinta nada no início, vai ganhar um presente: a percepção de que a vida não é apenas o que os olhos apresentam.

Por fim, mas com gostinho de novo começo

Você pode tentar à vontade encontrar uma justificativa para suas percepções. Inúmeros cientistas fizeram o mesmo, até conseguirem medir com aparelhos o campo eletromagnético. E se ficar se perguntando para quê isso serve, lembre-se da vez que teve vontade de sair correndo de um lugar sem nenhuma explicação. Ou da vez que virou-se rapidamente por perceber alguém lhe observando a nuca. Ou daquela vez em que tocou alguém que ama e a pessoa sentiu-se melhor.

Tudo isso é energia.

Por Dímitra Alectoridis

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